Pai, te amo (Texto escrito em 06 de março de 2013, enquanto meu pai estava em coma)
Convivemos tão próximos da morte que dela nos esquecemos. Como irmã siamesa ela está sempre conosco, se interpondo entre o presente que se vai e o presente que chega, e muitas vezes sequer a notamos. Num dia estamos bem, e no outro podemos já não mais estar.
Um dia meu pai está bem, e no outro está num CTI. Num dia ele está alegre, falante, apaixonado pelos netos, e no outro entregue nas mãos de médicos e de maquinário de suporte a vida.